quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Morre o empresário Abraham Kasinsky


 O empresário Abraham Kasinsky faleceu nesta manhã na cidade de São Paulo. Aos 94 anos, o fundador da empresa de autopeças Cofap e da fabricante de motocicletas Kasinski teve uma parada cardíaca. Amanhã (10), o corpo de Kasinsky será velado no Cemitério Israelita do Butantã, onde será sepultado às 12h.
Kasinsky manteve-se na atividade empresarial até os 92 anos, quando, já debilitado, vendeu a indústria de motos mantida em Manaus. Quando decidiu fabricar motos no País em 1999, o empresário, então com 82 anos, foi visto como excêntrico. Na época, recém-saído da Cofap - empresa fundada por ele que chegou a ocupar o posto de maior fabricante latino-americana de autopeças - o executivo decidiu voltar a apostar no setor produtivo. O raro exemplo de persistência num ramo similar de atividade aliou-se ao desafio de lançar modelos nacionais num mercado dominado pelas japonesas Honda, com quase 90% de participação, e Yamaha.
Classificado por seus funcionários de workaholic, Kasinsky não conseguia ficar parado. Tocava os negócios de seu quartel-general, na Avenida Pacaembu, em São Paulo. "Ele trabalha o dia todo e ainda leva a mulher para passear à noite", contou uma assessora.
Na Cofap, que ele presidiu por 50 anos, o executivo se envolvia até na confecção de crachás para os funcionários. Acabou saindo da empresa em 1996, depois que a Cofap foi vendida para o grupo italiano Magneti Marelli.
Kasinsky foi o caçula de quatro filhos de um casal de imigrantes russos. Criado na loja de autopeças do pai - que ele garante ter sido a primeira do Brasil -, o empresário "aumentou" a idade em dois anos para poder cursar a faculdade de Economia. Em 1951, ele pressentiu que a empresa estava com os dias contados se continuasse dependendo de produtos importados. Convenceu um dos irmãos - o pai já falecera - a investir numa fábrica e com ele criou a Cofap. No início dos anos 90, a empresa com sede no ABC paulista chegou a ter 18 unidades (nove delas no exterior), 35 mil funcionários e faturamento anual de US$ 1 bilhão
O empresário deixa viúva, dona Ivone, e dois filhos.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), fundado por ele, emitiu "nota de pesar pelo falecimento de seu Conselheiro Emérito, símbolo de empresário inovador e pioneiro".

Fonte: estadão.com

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